Para uma tosse eficaz é necessário uma insuflação máxima, seguida de fechamento glótico e ativação dos músculos abdominais para aceleração do fluxo expiratório e remoção das secreções das vias aéreas.
Pacientes com doenças neuromusculares apresentam comprometimento dos três mecanismos e são incapazes de realizar pico de fluxo de tosse adequado. Valores inferiores a 160 l/min de pico de fluxo de tosse não são capazes de remover secreções e nesse caso está indicado o uso da máquina da tosse mecânica.
No mercado existem alguns modelos de máquinas da tosse mecânica e funcionam basicamente da mesma forma. Por meio de uma máscara, tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia a máquina fornece ciclos de pressão positiva e negativa em tempos pré determinados.
O principal objetivo da máquina da tosse mecânica é retirar secreções de forma não invasiva, excluindo a necessidade de introdução de sonda de aspiração e diminuindo riscos de contaminação e evitando complicações desse procedimento. Além disso esse recurso também pode ser utilizada para otimizar as terapias realizando exercícios de expansão pulmonar. Vale reforçar o cuidado do uso desse recurso em pacientes com grave comprometimento bulbar. Nesses casos a indicação é criteriosa e o uso requer alguns cuidados.
O Dr. Eduardo Vital, fisioterapeuta respiratório especialista em doenças neuromusculares, reforça a importância da indicação e orientação individualizada e que o sucesso da eficácia desse recurso depende do manejo adequado em relação aos parâmetros, sequências e ciclos de tosses.
Cristina Salvioni
Adriana Leico Oda
Eduardo Vital
Simone Andrade
Isa Anequini Leite
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